Sinopse
Écio, Thaísa e Guido são roqueiros odiados pelos moradores da periferia na qual sobrevivem: o bairro de Santa Cruz no Rio de Janeiro!
A fome por mudar de vida é tanta, que eles fazem um ritual de sangue em busca do Poder para:
- Dominar a mente das pessoas;
- Humilhar os vizinhos homofóbicos;
- E acessar tudo que a pobreza limita.
Uma caravana de motoqueiros imortais é atraída pela força do ritual para oferecer exatamente o que os roqueiros buscam.
Ignorantes, imaturos e desesperados, os hereges de Santa Cruz aceitam a proposta — e abusam do Poder.
Só quando começa a chover sangue que eles notam o tamanho da merda em que se meteram…
Edições
Ano | Edição | Mudança |
---|---|---|
2014 | 1 | Publicação em 26 de fevereiro de 2014. |
2017 | 2 | Conteúdo e capa. |
2020 | 2 | Autor e capa. |
Processo criativo
Eu queria ler uma história de magia voltada para a violência do horror misturada com o ocultismo.
Também queria que essa história se passasse no Brasil. De preferência em um bairro perto de mim.
Como não descobri nenhum livro de fantasia sombria perto de onde eu morava, decidi escrever um.
O bairro de Santa Cruz, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, tem um nome e um passado fortemente cristãos — e tanto eu quanto outros roqueiros éramos tratados feito hereges por lá.
Daí o título.
O primeiro volume da série de livros “Os Hereges de Santa Cruz” só foi publicado em 2014, três anos após a idealização.
Precisei desse período para acumular a raiva necessária que eu gostaria de imprimir na motivação dos personagens — além de aumentar o meu senso de urgência para escrever um livro.
Chegar no meu limite foi fácil: só tive de sobreviver às viagens superlotadas de ônibus entre Santa Cruz e Barra da Tijuca — antes de haver um túnel — indo e voltando para a faculdade.
Todo. Dia.
Eu tinha uma bolsa e queria me graduar em algo que fosse reconhecido pelos meus familiares como “profissão de verdade”. Queria deixá-los orgulhosos.
No último ano dessa formação, nem a situação humilde da minha família foi suficiente para me convencer de que eu não:
- Enlouqueceria pegando o 882;
- Deveria abandonar a bolsa;
- Nasci para escrever.
Criei um plano e decidi tentar a sorte como escritor, publicando um livro atrás do outro. Deu certo.
Comecei vomitando em cima dos personagens a raiva acumulada nos anos anteriores.
Em 60 dias, escrevi, revisei, editei, diagramei e distribuí “Os Hereges de Santa Cruz, Volume 1” como livro físico e ebook.
Referências
Livros
A narrativa hiperbólica do livro “Os Hereges de Santa Cruz” é diretamente inspirada pelo vocabulário dos livros de esoterismo publicados no Brasil entre os anos 80 e 2000, como:
- “O Livro da Lei” por Aleister Crowley;
- “Dogma e Ritual da Alta Magia” por Eliphas Levi;
- E “Vampiros” por Marcos Torrigo.
Filmes
Esteticamente falando, o universo sombrio dos hereges é inspirado pela estética de filmes como:
- “A Bruxa de Blair” de 1999;
- “Jovens Bruxas” de 1996;
- “Os Garotos Perdidos” de 1987;
- E “V/H/S” de 2012.
Músicas
A dinâmica e a atmosfera foram escritas, revisadas e selecionadas sob a influência de álbuns como:
- “King Night” de Salem;
- “The Maze to Nowhere / Part 2” de Lorn;
- “Nevermind” de Nirvana;
- “The Velvet Underground & Nico” de The Velvet Underground.
Perguntas frequentes
Quando sai o volume 2?
Não sei, mas vai sair.
O que significa o símbolo na capa?
É o que chamei de Signo de Malatônio em “Os Hereges de Santa Cruz” — a assinatura de um demônio.
Tem versão física do livro “Os Hereges de Santa Cruz”?
A única versão física existente — não mais produzida — é a primeira edição limitadíssima de 2014. Tenho planos de publicações físicas para o futuro.